Milo de Creta foi, segundo a mitologia grega, campeão olímpico de lutas e pupilo do matemática Pitágoras (580-500 a.C.). Na adolescência, Milo decidiu tornar-se o homem mais forte do mundo e, desta forma, passou a erguer e carregar um bezerro todos os dias. Conforme este bezerro crescia, o jovem se tornava mais forte. Por fim, quando o bezerro se tornou um touro, Milo era capaz de erguer e carregar um touro por dia, exemplificando o princípio da sobrecarga e progressão de carga. No entanto, pensando a partir do mesmo princípio, foram criados métodos mais eficazes para ganhos hipertróficos, ou seja, ganhos de massa muscular.

Alterações na massa muscular ocorrem devido a um processo de adaptação ou rearranjo do corpo à carga imposta a ele. Bompa (2000) afirma que, após uma sessão de treinamento, seu corpo passa por um estresse fisiológico que, seguido de uma etapa de recuperação, prepara o corpo para receber estímulos similares. A longo prazo, este processo promoverá aumento no volume muscular, além de várias outras alterações benéficas ao organismo.

No entanto, Paulo Gentil afirma em sua obra, “Bases científicas do treinamento de hipertrofia”, que, a capacidade do corpo humano de se recuperar desse estresse é limitada e a sobrecarga deve ser controlada para que o estímulo cause um desvio significativo a fim de que ocorra a adaptação, porém, que respeite a capacidade auto-organizadora do corpo. Da mesma forma que um treino “pesado” pode gerar ganhos de massa muscular positivos, uma sobrecarga excessiva e um período de recuperação insuficiente pode retardar o processo de hipertrofia e até mesmo provocar lesões.

Referências:

BOMPA, Tudor O.; CORNACCHIA, Lorenzo J. Treinamento de força consciente. Estratégias para ganho de massa muscular. Phorte, 2000.

GENTIL, Paulo. Bases científicas do treinamento de hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.

 

Texto redigido pelo Professor Arthur Reis.

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